Belém terá 222 dias de calor extremo até 2050, aponta estudo

Belém (PA), 20/09/2023 - Uma pesquisa recentemente divulgada pelo portal Metrópoles, realizada em parceria pelo CarbonPlan com The Washington Post, revela que Belém do Pará poderá enfrentar até 222 dias, aproximadamente sete meses, de calor extremo (a partir de 32°C) até o ano 2050. A capital paraense é a segunda na lista, ficando atrás apenas de Pekanbaru, na Indonésia, prevista com 344 dias na mesma condição.

A pesquisa não oferece um ranking formal das cidades, mas indica que o pico de calor deve se tornar recorrente. Durante a última semana do inverno brasileiro, é esperado que os termômetros alcancem marcas superiores a 40°C em diversas regiões do país.

No estudo, Manaus (AM) também foi ressaltada. Enquanto Belém mostra o maior crescimento proporcional de dias quentes, a capital amazonense lidera em valores absolutos entre as cidades brasileiras, com uma previsão de 258 dias de altas temperaturas.

Para chegar a esses números, os responsáveis pelo estudo consideraram fatores como temperatura do ar, umidade, radiação e velocidade do vento. O ponto de partida para classificar o "calor extremamente arriscado" à saúde humana foi fixado em 32°C. As projeções mostram que, até 2030, mais de 2 bilhões de pessoas estarão sob risco de exposição a temperaturas médias acima dessa marca por, no mínimo, um mês. A previsão para 2050 é ainda mais alarmante, indicando que mais da metade da população global enfrentará ao menos um mês de calor extremo.

Em um panorama nacional, diversas capitais se destacam na pesquisa pelo número de dias com temperaturas acima de 32°C: Manaus (258), Porto Velho (218), Rio Branco (212) e Boa Vista (190) são algumas delas. Já cidades como Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre preveem menos de 10 dias nessas condições até o meio do século.