Setembro é o mês de conscientização da sociedade sobre a importância da prevenção ao suicídio. O movimento chama atenção para os sinais e orienta para a busca de ajuda especializada de psicólogo(a)s, psiquiatras e terapeutas. Ser empático com pessoas que estão passando por dificuldades e problemas com a saúde mental também fazem parte dessas discussões.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a única causa de mortalidade que não teve redução no número de casos nos últimos 50 anos, sendo a divulgação de informações sobre o assunto uma das principais e mais eficazes formas de prevenir o problema. Entre pessoas com 15 a 29 anos, é a segunda maior causa de morte.
O psicólogo Manoel de Christo, coordenador de Saúde do TJPA, explica que, independentemente do Setembro Amarelo, é importante ficar atento aos sinais todos os dias do ano. “O suicídio é um problema de saúde pública, porque, a cada 40 segundos, uma pessoa no mundo comete suicídio”, lembra.
Uma das iniciativas mais importantes para o prevenção a prática é a atuação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). “Sabemos que nas cidades onde têm CAPS, esse número de suicídio diminuem em 14%. Então é importantíssimo estarmos atentos a esses sinais”, afirma o psicólogo.
No Brasil, que ocupa o 8º lugar mundial em número de suicídios, a iniciativa para a criação da campanha Setembro Amarelo surgiu da ação conjunta do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Em alerta à mobilização do Setembro Amarelo, o prédio-sede do TJPA permanece com iluminação amarela por todo este mês.
1. Tristeza excessiva e falta de vontade para estar com outras pessoas, ou seja, isolamento social;
2. Alteração repentina do comportamento com uso de roupa muito diferente do habitual, por exemplo;
3. Tratar de vários assuntos pendentes ou fazer um testamento ou fazer as pazes com todo mundo;
4. Demonstrar calma ou despreocupação depois de um período de grande tristeza ou depressão
5. Fazer ameaças de suicídio frequentes;
6. Pensamentos remoídos obsessivamente, sem esperança e concentração são um dos primeiros indícios, assim como enxergar a vida como algo sem sentido ou propósito;
7. Alterações extremas no humor podem sinalizar emoções suicidas. Excesso de raiva, sentimento de vingança, ansiedade, irritabilidade e sentimentos intensos de culpa ou vergonha são sinais aos quais você deve ficar atento;
8. Frases como “a vida não vale a pena”, “estou tão sozinho que queria morrer” ou “você vai sentir a minha falta” estão diretamente ligadas a pensamentos sobre a morte. Se a pessoa se sente um fardo, busque ajuda;
9. Geralmente a ideia de suicídio está ligada a um sentimento de que a pessoa está no fundo poço. A felicidade súbita pode ser um sinal de que a pessoa já aceitou a decisão de encerrar a própria vida. Caso você perceba uma melhora repentina, busque ajuda imediatamente;
10. Comportamentos irresponsáveis e perigosos, sem medir as consequências, como o uso excessivo de álcool, drogas e remédios, direção imprudente e sexo sem proteção são indícios de que a pessoa já não dá a importância devida a própria vida;
11. Queda da produtividade nos estudos e no trabalho;
12. Mudança nos padrões alimentares e de sono.
20/04/2024 | 10:44
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