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Brasil passa Reino Unido e é o segundo país com mais mortes por covid-19

Dados do Ministério da Saúde apontam que número de óbitos chegou a 41.828. País acumula ainda 828 mil casos da doença

Enterro de vítima da covid-19 no Rio de JaneiroO avanço do coronavírus no Brasil fez com que o país superasse mais uma marca trágica nesta sexta-feira (12/06): agora é o país com o segundo maior número de mortes por covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Foram registrados mais 909 óbitos nas últimas 24 horas. Assim, o Brasil acumulou 41.828 vítimas da doença, segundo o Ministério da Saúde.

A marca deixou para trás o Reino Unido, que tinha 41.566 mortes na noite desta sexta-feira, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

A taxa de mortalidade no Brasil também chegou a 19,9 por 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde. À frente de países como a Alemanha (10,6), mas atrás de outras nações europeias duramente atingidas pela pandemia, como a Bélgica (84,4) e Reino Unido (62,1). Pela proporção da população, o país ocupa a 15° posição no ranking de mortes, segundo dados da Johns Hopkins. 

Há um mês, o país acumulava 12.400 mortes por covid-19. À época, o país ocupava a sexta posição em número de mortes. O Brasil registrou sua primeira morte por coronavírus em 17 de março.

Os dados do Ministério da Saúde, que usam informações das secretarias estaduais e que foram divulgados no Painel Covid-19, também apontam que o país registrou mais 25.982 casos da doença entre quinta e sexta-feira. Com isso, o total chegou a 828.810. O país também é o segundo colocado mundial em número de casos, atrás apenas dos EUA.

Segundo a pasta, o número de curados chegou a 365.063. Outros 421.919 casos estão sendo acompanhados. 

Os dados foram atualizados às 18h20 (horário de Brasília). 

A divulgação da nova marca trágica no Painel Covid-19 ocorre uma semana após o Ministério da Saúde ter dificultado o acesso aos dados completos da doença no Brasil. Em 5 de junho, o Painel Covid-19 foi ao ar desfigurado, sem os dados totais de mortes e casos no país.

A iniciativa do ministério provocou reclamações de entidades que lidam com a transparência e levantou o temor de que o governo estivesse planejando maquiar os dados. Antes de esconder parte dos dados, o ministério já vinha mudando a abordagem de divulgação, passando a destacar notícias "positivas” da epidemia e retirando informações negativas das redes sociais.

A nova política se intensificou depois da saída de Luiz Henrique Mandetta da pasta e a entrada em peso de militares no ministério.

Na última terça-feira, o governo voltou a disponibilizar os dados completos em seu painel, no mesmo formato que vinha sendo adotado até 4 de junho. A decisão só ocorreu após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

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JPS/ots