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Atualidades

Quase 80% dos brasileiros defendem punições para quem infringe a quarentena, revela Datafolha

Entrevistados se dividem entre multas e advertências verbais; menos de 20% acreditam que governo não deve controlar movimentação de cidadãos

Com o país se aproximando da casa dos 40 mil casos de Covid-19 e mais de 2.300 mortes pela nova doença, 79% dos brasileiros são favoráveis a punições contra quem infringe as medidas de isolamento social em vigor no país, segundo o Instituto Datafolha. Apenas 18% acreditam que o governo não deve controlar a movimentação de pessoas. Entre as que defendem algum tipo de sanção, apenas 3% defendem que infratores de quem desrespeitar as regras.

A pesquisa do Datafolha ouviu 1.606 pessoas na última sexta-feira pelo telefone, respeitando as medidas de isolamento social. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos. Entre as que defendem algum tipo de punição, 33% foram favoráveis a multas e 43% defenderam advertências verbais. As punições financeiras satisfazem mais jovens de 16 a 24 anos e asssalariados com carteira registrada, enquanto as advertências são defendidas em maior parte pelos brasileiros mais ricos (de 5 a 10 salários mínimos).

A nova pesquisa indica também que a adesão à quarentena se mantém constante em relação ao último levantamento, no início do mês, quando 4% dos entrevistados disseram que mantinham a rotina de antes da pandemia da Covid-19. O índice de pessoas que ainda deixam suas residências apenas para trabalhar subiu, no entanto, de 24% para 26%.

O isolamento social, criticado frequentemente pelo presidente Jair Bolsonaro, é defendido pela maior parte dos governadores do país. Nesta semana, João Doria (PSDB-SP) e Wilson Witzel (PSC-RJ) estenderam as medidas restritivas em seus respectivos estados. Doria chegou a sugerir a prisão daqueles que desrespeitassem a quarentena, mas não anunciou novas restrições na última sexta-feira, quando ampliou o isolamento até o dia 10 de maio.

As medidas são defendidas por especialistas com o objetivo de achatar a curva epidêmica da Covid-19 no Brasil, ou seja, adiar o pico da pandemia no país para garantir a estruturação do sistema de saúde e evitar o colapso já identificado em capitais como Manaus e estados como o Ceará.

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