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Governo do Estado amplia ações de proteção às mulheres vítimas de violência

O programa Pró-Mulher, lançado em março, por exemplo, foi implementado na Região Metropolitana de Belém (RMB), e, agora, se estende ao interior

Com frota exclusiva, o programa Pró-Mulher, lançado em março, na Região Metropolitana de Belém (RMB), chega à Região dos CarajásQuebrar o ciclo da violência doméstica vai além da própria vontade da mulher, principal vítima dos casos, que levam inclusive à morte. É preciso uma série de ações que sustentem o rompimento das relações com parceiros abusivos, com os quais as mulheres estão envolvidas emocionalmente e financeiramente. 

O Governo do Estado desenvolve duas ações específicas que contribuem para a mudança dessa realidade. O programa Pró-Mulher, lançado em março, foi implementado na Região Metropolitana de Belém (RMB), e, desde a última quinta-feira (28) chegou a Marabá, na região dos Carajás.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Ualame Machado, a descentralização é um avanço na proteção e repressão da violência. “Um programa, que já deu certo em Belém, o Pró-Mulher, voltado exclusivamente ao atendimento das ocorrências de violência contra a mulher”, afirmou. 

O secretário explicou que Marabá é a primeira cidade a receber o programa, após a RMB. “Então é uma estratégia de segurança pública também voltada para ser estendida ao interior. Teremos agora viatura exclusiva para atender esse tipo de ocorrência de violência contra a mulher”, pontuou o secretário.
Somente de 9 a 18 de março deste ano, foram realizados 345 atendimentos, desses, 40 de emergência (repressivos) e 305 preventivos (visitas do cartão programa).

Mais sobre Marabá

Marabá é o primeiro município do interior atendido pelo programa. As ações repressivas ocorrem a partir das ligações feitas ao canal de urgência e emergência (190 e 193) que direcionará as chamadas ao Núcleo Integrado de Operações (Niop) e encaminhará para a equipe, que atenderá a denúncia.
Além disso, após o atendimento, é feita uma contagem do número de chamadas realizadas, pela mesma vítima, que entra automaticamente para o “Cartão Programa”. Esta ação garante visitas periódicas e de acompanhamento, por meio da equipe de patrulhamento especializado, a qual será realizada na viatura exclusiva do programa.

Mais de 40 profissionais dos órgãos de segurança darão suporte ao programa, para isso, as equipes receberam treinamento para realizarem o atendimento humanizado às mulheres, vítimas de violência doméstica, além de ações preventivas em combate ao crime.
Entre Elas

O Governo atua também de forma integrada para dar o suporte às vítimas. O projeto ‘Entre Elas’, desenvolvido pela Fundação ParáPaz, oferece acolhimento, acompanhamento psicossocial, e recursos para a construção da nova vida das mulheres assistidas.

Segundo a coordenadora do projeto, delegada Claudilene Maia, as ações são voltadas para mulheres seus entes, vítimas de violência doméstica ou em condição de vulnerabilidade. “O público alvo também pode ser o filho dela, desde que sofra as consequências da situação. São feitos diálogos entre as técnicas formadas por psicólogas, assistentes e advogadas, no sentido de trocas e experiências de vida em um método seguro sem a participação de homens, para que ela se sinta encorajada. Ali captamos as demandas e depois fazemos o intercâmbio com a Segurança Pública, Cohab, Seaster com empreendedorismo, primeiro ofício”, destacou a delegada.

A proposta é trabalhar com o empoderamento feminino, tornando as mulheres protagonistas das suas próprias vidas. Joyce Siqueira, 29 anos, é atendida pelo ‘Entre Elas’, e mora no bairro da Pedreira. “Fui assistida para ganhar o Sua Casa no projeto Entre Elas. Tudo o que a gente precisa saber aqui tem, cursos e tudo. Somos muito bem assistidas aqui, conseguimos tudo o que queremos com o impulso deles”, comenta.

O ‘Entre Elas’ conta com equipe multidisciplinar para oferecer atendimento humanizado às vítimas, além de cursos e oficinas para que a mulher em situação de vulnerabilidade social tenha condições de acesso ao mercado de trabalho para garantir sua autonomia financeira. Além disso, o projeto também encaminha mulheres de 14 a 24 anos para o primeiro emprego. O Entre Elas atendeu 4.698 mulheres em 2021, e 988 até março de 2022, totalizando 5.686 mulheres assistidas.

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Dayane Baía | Ag. Pará