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Polícia Civil do Pará alerta sobre golpe do QR Code via Pix

Confira as orientações de prevenção contra esse tipo de crime

O golpe é antigo, mas a roupagem que estelionatários passaram a dar para a utilização indevida do QR Code via Pix é nova. Ainda que o avanço tecnológico no campo do internet banking traga muitas comodidades para os usuários, a Polícia Civil do Pará alerta sobre os cuidados que se devem ter para evitar cair em golpes em sistema de pagamentos eletrônicos.

A delegada Maria de Fátima Santos, da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (Deccc), explica que as empresas têm facilitado muito as formas de pagamento de faturas, disponibilizando a leitura do QR Code, por meio do Pix. Com esse procedimento, o consumidor não precisa nem digitar o CPF, CNPJ, e-mail ou telefone para realizar o pagamento, apenas aponta a câmera do smartphone para o código e pode realizar a transação. 

E é nesse ponto que a atenção precisa ser redobrada, porque criminosos estão falsificando faturas de empresas e enviando para clientes, com os códigos da tecnologia QR Code alterados, que encaminham o valor do pagamento para a conta bancária de estelionatários.  

Os golpistas copiam a identidade visual de prestadores de serviços e enviam por e-mail mascarados falsas faturas, contas de consumo ou propostas de adesão para simular os oficiais. Inclusive, segundo a delegada, passaram a oferecem desconto de 10% ou mais nos pagamentos via QR Code, para incentivar o pagamento por este meio.

Prevenção

“Os dois principais pilares da prevenção são a desconfiança e a atenção na hora de fazer um pagamento. Desconfie de promoções com desconto muitos elevados, acesse sites seguros, confira para quem está sendo feito o pagamento, porque quando os criminosos criam empresas fictícias, o Pix apresenta o destinatário diferente da instituição que o usuário adquiriu o produto ou serviço, e é possível identificar antes de concluir o pagamento”, pontua Maria de Fátima Santos. Apenas pagamentos legítimos mostrarão os nomes das empresas (razões sociais) corretos.

A delegada alerta também para os usuários que costumam acessar contas virtuais, a necessidade de manter o sistema operacional sempre atualizado, para minimizar a presença de falhas, assim como de manter o antivírus ativo no computador, para que seja utilizado para identificar sites maliciosos. 

O crime do novo número ou o golpe do perfil falso do WhatsApp é destacado pela delegada pela grande incidência no Pará. O criminoso cria um perfil no aplicativo de mensagens com fotos roubadas das redes sociais, começa a conversa com um amigo ou parente da pessoa que está na foto que ele escolheu fingindo ser ela e diz que trocou de número - pede que guarde o novo e apague o velho. Depois, na sequência, começa a pedir dinheiro e cria desculpas para justificar as transferências.

“Pedimos que as pessoas fiquem alertas, porque no momento da emergência e da angústia, a pessoa acaba depositando o valor e caindo no golpe. O mínimo a ser feito, é ligar para o número antigo da pessoa, verificar se realmente mudou de número, confirmar se é o parente, via ligação de vídeo ou de áudio, antes de qualquer transação”, alerta a delegada. 

O que fazer?

O primeiro passo é contestar esse pagamento na própria instituição financeira onde ele foi realizado. O banco abrirá uma contestação para reaver o dinheiro. A Polícia Civil indica que, mesmo que a vítima não queira fazer uma representação criminal, deve procurar qualquer delegacia mais próxima, para registrar uma ocorrência. Apresentar comprovante de transferência ou pagamento, aguardar pela instauração do procedimento. 

É muito importante para a PC ter registros no sistema dos estelionatários, até para poder contribuir para o banco de dados de crimes da instituição e atuar para desestruturar organizações criminosas que estão atuando nesse ramo.

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Agência Pará